Observação do Céu

Antes dos telescópios, havia apenas o olho humano. Com ele os antigos astrônomos estabeleceram os fundamentos de sua ciência. Deram nomes às estrelas visíveis e às figuras que elas formavam. Descobriram cinco planetas e estudaram os eclipses lunares e solares.

Em 1609, ao ouvir falar de um telescópio construído por um fabricante de óculos holandês, o cientista italiano Galileu Galilei apresentou sua própria versão, constituída por duas lentes – uma convexa e outra côncava – , montadas em um tubo. Nos anos seguintes, ele observou crateras da Lua, as manchas no Sol, os anéis em Saturno e cinco luas em Júpiter.

Atualmente, até os binóculos revelam muito mais do que os instrumentos de Galileu; e os telescópios modernos podem alcançar quase até os limites do universo. Porém, o cosmo se irradia em muitos comprimentos de onda além daqueles da luz visível.

Nas últimas décadas, os astrônomos desenvolveram telescópios terrestres que permitem observar ondas de rádio, micro-ondas e radiação infravermelha.

Acima da obscura atmosfera da Terra, os satélites fornecem imagens ainda mais claras do universo, nesses comprimentos de onda. Eles também detectam partes do espectro eletromagnético de corpos celestes que não chegam a penetrar na atmosfera – raios X, raios gama e radiação ultravioleta.

Alguns veículos espaciais já viajaram até outros planetas. Existem muitas maneiras de investigar os mistérios do universo – e ainda existem outros muitos mistérios por descobrir.

Dentro da cúpula móvel de um observatório, um moderno telescópio focaliza um dos bilhões de corpos celestes que povoam o céu noturno.