As Constelações Mudam?

Diferentemente dos planetas, que mudam de posição no céu
de uma noite para outra, parece que as estrelas nunca se
movem.

Na verdade, elas se movem constantemente, algumas
delas a grandes velocidades. Contudo, tamanha é a distância
que esse movimento não pode ser detectado a olho nu.

O astrônomo britânico Edmond Halley foi o primeiro a detectar,
em 1718, o que é conhecido por Movimento Próprio das
Estrelas.

Esse Movimento é tão restrito que só pode ser
percebido ao longo de muitos anos. Hoje em dia, por exemplo,
conhecemos Polaris como a estrela polar, por estar localizada
sobre o Pólo Norte.

Parece que todas as estrelas se movem em torno de Polaris, convertendo-a em um importante auxiliar de navegação.

Mas em tempos antigos, Polaris estava em outro
lugar, e não servia como estrela-guia.

Da mesma forma que Polaris, todas as estrelas
mudam de direção constantemente
e, daqui a milhares de anos, nossas constelações ora
familiares estarão totalmente irreconhecíveis.

Movimentos Estelares

São necessários anos de paciente observação para determinar
o movimento das estrelas. Alfa de Centauro, por exemplo, a
estrela mais próxima do Sol, leva 506 anos para se deslocar
tanto quanto o tamanho aparente da lua cheia.

Para medir o movimento das estrelas, os astrônomos recorrem ao efeito
Doppler.

Ondas de luz (ou de som) emitidas por um objeto em
movimento mudam seu comprimento conforme se deslocam
para perto ou para longe do espectador. As ondas de luz de
uma estrela que se aproxima são encurtadas, isto é, sofrem
um desvio para o lado azul do espectro. A luz de uma estrela
que está se afastando apresenta um desvio na direção oposta
– rumo à faixa vermelha do espectro. Para calcular a
velocidade da estrela mede-se o desvio.