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........Dúvidas?...Quem Não As Tem?...
Quilo e Quilograma
Quilo e Quilograma
“Quilo” vem do grego e significa “mil”. Não é por acaso que um quilômetro equivale a 1000 metros.
Um quilograma, portanto, equivale mil gramas.
Deve-se considerar, no entanto, que o uso comum da forma “quilo” no lugar de “quilograma” já ganhou os dicionários e o Vocabulário da Academia.
A edição de 1964 do dicionário de Caldas Aulete já registrava esse valor: “quilo, s.m. redução da palavra quilograma : um quilo de açúcar.” O Aurélio, em várias edições, também confirma esse valor da palavra “quilo”.
Athos- Conde de LaFère
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Tudo de Que Você Gosta
Nilton Luís de Almeida, que trabalha na Embrapa – um dos orgulhos da tecnologia agropecuária brasileira- , quer saber se é correta a frase que se lê nas caixas de leite tipo “longa vida” , “Tudo que você gosta”. Ele suspeita de que esteja faltando a preposição “de”.
Caro Nílton, em termos de língua escrita formal, falta preposição, sim. Afinal, se alguém gosta, gosta “de”.
A frase deveria ser corrigida para “tudo de que você gosta”. Os publicitários, no entanto, dirão que tiveram a intenção de usar a forma mais comum na linguagem popular. Em se tratando de padrão formal, o emprego da preposição nesses casos é obrigatório: “ a rua em que você mora”, “o caso a que me refiro”, etc.
Athos- Conde de LaFère
Re: ....D1c45d3P0rtugu35...
“Interviu” & “Interveio”
Na tv, o titular de um programa, jornalista, recebe um convidado, também jornalista. Ambos são experientes, competentes e respeitados. Lá pelas tantas, o anfitrião pergunta sobre determinado fato e diz que “os Estados Unidos interviram”. O convidado desenvolve sua resposta, e, no meio dela, diz que “os Estados Unidos intervieram”.
A conversa segue, e, ao fazer nova pergunta, o anfitrião diz que um determinado organismo ( o FMI) “interviu no México”. Com toda calma do mundo, o entrevistado mais uma vez desenvolve sua resposta e, no meio dela, diz que o tal organismo “interveio no México”.
Não se pode afirmar que o convidado tenha tido a intenção de corrigir o anfitrião.
Quando muito, no primeiro caso pode ter tido a intenção de tentar “dar um toque” para o entrevistador. Como se viu pela segunda ocorrência, a tentativa foi inútil, já que o erro se manteve.
Que erro? Derivado de “vir”, irregular, o verbo “intervir” também é irregular.
Maurício- Marquês da Bela Sintra
Re: ....D1c45d3P0rtugu35...
Ao pé da letra, “intervir” significa “vir entre”, já que o prefixo latino “inter” indica a ideia de “posição intermediária”, ou seja, “entre”. No Aurélio, por exemplo, o primeiro sentido que surge em “intervir” é “meter-se de permeio”, “vir ou colocar-se entre, por iniciativa própria”.
“Intervir” segue a conjugação do verbo “vir” : venho/intervenho, vinha/intervinha, viesse/interviesse, vier/intervier.
Pois bem, ao dizer “interviram” e “interviu”, o titular do programa conjugou o verbo “intervir” como se fosse regular, ou seja, adotou as terminações que ocorrem nas formas de verbos regulares, como “decidir” (“decidiram”, “permitiram”), permitir (“permitiram”, “permitiu”) ou “assistir” (“assistiram”, “assistiu”).
Maurício- Marquês da Bela Sintra
Re: ....D1c45d3P0rtugu35...
Isso explica o erro (ou desvio, ou inadequação, ou o nome que se queira dar). Explica, mas não sei se o justifica, quando se trata de profissionais cujo instrumento de trabalho é a palavra. Verbos irregulares não são privilégio da língua portuguesa. Em se tratando do padrão formal ou semiformal, é desejável (ou obrigatório) o conhecimento deles.
Não se pode deixar de analisar o fato linguístico que está por trás disso. O que hoje é “certo” (“interveio”, “intervieram”) um dia já foi “errado”, já que essas formas são irregulares.
Maurício- Marquês da Bela Sintra
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